01/09/11

Dia 12 - A Ilha

25 de Agosto, 2011
Ilha de Bazaruto, Moçambique

Esta manhã fomos acordados com uma leve "murrinha" (ou "morrinha"), tal e qual aquela que por vezes se mostra nas manhãs do Porto. Foi agradável pois impediu que ficasse muito calor rapidamente e também ajudou a reduzir o pó na estrada. Logo após o portão do parque tivemos direito a uma secção especial cronometrada, para "matar o bicho" das corridas. Correu bem e acabamos por conseguir o melhor tempo da nossa categoria, que são 4 carros apenas, mas um primeiro lugar é sempre um primeiro lugar!

O nosso objectivo de hoje era chegar ao aeroporto de Vilanculos, uma cidade à beira-mar e que ficava a 460km da Gorongosa. Felizmente não houve avarias e foi possível desfrutar da paisagem. Ao longo do caminho são perceptíveis algumas diferenças entre o interior de Moçambique e o seu litoral. Desde logo a paisagem que começa a perder o seu aspecto árido de savana e passa a ser mais húmido, com maiores terrenos cultivados, muitas bananeiras e também as primeiras palmeiras. Ao nível humano também há um melhoramento, as aldeias são maiores, com melhores casas (novamente vendidas às redes de telecomunicações), vêem-se mais motos, carros e camiões, e as pessoas parecem adoptar um estilo mais urbano e menos rural. Desde Dar es Salaam que não via o Índico e ao chegar a Vilanculos foi bom vê-lo de novo.

Ver o aeroporto de Vilanculos é como olhar para um desenho onde só estão frutas e ver lá um legume: não encaixa no ambiente em que está inserido. É totalmente novo, inaugurado à uns meses e construído por chineses (eles estão em todo o lado em África). Por fora é como uma escala minúscula do aeroporto do Porto, possui o mesmo género de arquitectura, moderna e branca. Como tínhamos de apanhar um avião para a ilha de Bazaruto e o aeroporto ainda não tem computadores (!?) o check in foi feito à mão (inédito para mim). É esquisito descrever como funciona o aeroporto mas imaginem como algo moderno e onde os funcionários fazem as coisas porque vêem fazê-las no estrangeiro. É uma sensação difícil de transcrever aqui. De qualquer forma, com o check in feito entramos numa avioneta para irmos até à ilha.

A viagem é rápida, cerca de 20 minutos, e visto do céu parecia que estava a ser levado para o Paraíso. A vista é simplesmente fenomenal. Tenho muita pena de não conseguir neste momento colocar fotos aqui (não as consigo editar e baixar o tamanho), mas acho que nem uma boa fotografia consegue fazer justiça à beleza que se vê de cima. Ao chegarmos fomos recebidos com uma limonada caseira e um almoço buffet, onde destaco os camarões. De resto foi o prato principal nas minhas refeições de hoje, camarão grelhado em chapa e com um bocadinho de limão. Que maravilha! A praia de areia branca e água azul turquesa,convidou-me a passar lá a tarde e eu aceitei. Estou rendido aos encantos desta ilha. É um paraíso na Terra. E eu estou nele durante dois dias!

Até amanhã



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